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Juliana e André

28/05/2017


Eu sou do tipo que chora em casamentos. Sou do tipo que chora imaginando a emoção que a mãe da noiva está sentido. Do tipo que vibra com a ansiedade do noivo esperando a noiva entrar. Do tipo que se comove vendo as madrinhas enxugando as lágrimas. E as crianças fazendo graça no cortejo. E com a avó trazendo as alianças, então, nem se fala. É choro na certa. Pelo menos pra mim. Mesmo como celebrante. Ou, especialmente, como celebrante. Porque depois de todo o contato e convívio com o casal, seus familiares e amigos, passo a entender o real significado desse dia pra cada um deles. E é pensar no significado de tudo isso, sabendo que nada está ali por acaso, que emociona.

Mas quando a noiva é a sua irmã, tudo ganha proporções muito maiores. Porque o significado desse dia não é apenas conhecido por mim, mas sentido, vivido e compartilhado com toda a família. A nossa famíla. Vivemos todo o processo juntos, desde o pedido de casamento. Uma surpresa pra ela, mas com os pais, irmãos e avós como testemunha. Depois veio o noivado, o projeto da casa nova, cada detalhe escolhido pra festa. E o grande dia em si. Lembro perfeitamente dela falando pra mim: “Quero que você fale no meu casamento, não como celebrante, como irmã. E lá fui eu.

A Juliana e o Deco são aquele casal que, quando chega, ilumina qualquer lugar. Impossível não notar a presença deles dois. Se eles já eram alegres e divertidos por natureza, juntos, se tornaram imbatíveis. E se é pra falar como irmã, digo que o relacionamento com o Deco fez muito bem a ela. E à toda a nossa família também. Eu ganhei um irmão. Meus pais ganharam um filho. Um dia, ganharemos um sobrinho ou sobrinha, meus pais ganharão netos. E, assim, a continuidade desse amor sera visível.

No dia do casamento, falei pra ela, como irmã. Falei pra ele, como irmã. E falei também para os meus futuros sobrinhos que, um dia, vão olhar esse discurso e entender o quanto os seus pais são maravilhosos e o quão abençoados eles são por nascerem nessa familia. Na nossa família. Se foi emocionante? Mais do que eu poderia imaginar. Daquele dia em diante, sempre que um casal me diz que escolheu um irmão pra fazer discurso na sua cerimônia, eu, secretamente, me lembro desse dia, sorrio e começo a me preparar pra emoção. Falar como irmã é lindo demais. É um verdadeiro presente.

Juliana e André, novembro de 2014, no Copacabana Palace.